terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sem futuro.

DONNIE DARKO – 2001

Não é mais um terror teen americano. Não se nos prendermos aos clichês que nos levam a categorizar um filme como tal. O diretor Richard Kelly foi impressionante ao ilustrar um jovem conflituoso consigo mesmo e com a sociedade em sua volta em vez de simplesmente contar uma história de terror.

O filme trata do jovem Donnie, interpretado por Jake Gyllenhal e que é perturbado por um coelho gigante que o incentiva a promover assassinatos. Conturbado com as aparições deste coelho e de como a sociedade lidou com o seu problema, Darko tenta buscar explicações indo a uma analista, que com sua mente estreita, só obtém dele mais incitação dos impulsos como resultado da terapia ineficaz. Além disso, o rapaz tem os dons de prever acontecimentos futuros e com mais inquietações a cabeça dele fica cada vez mais confusa. Naquela pacata cidade, só a professora vivida por Drew Barrymore, tinha a compreensão para os alunos da sala de Donnie, também perdidos no tiroteio da moral versus liberdade. As premonições de Donnie refletem o quão terrível seria poder prever o próprio futuro e ampliam certamente a nossa incapacidade perante a ele.

Sem sombra de dúvidas Jake Gyllenhal está estupendo em sua atuação e ela exigiu uma carga dramática para os momentos mais tristes do seu personagem e na grande ironia, tanto despejada sobre os outros habitantes durante uma apresentação de um palestrante banana quanto nos valores estreitos e hipócritas o envolvendo naquela cidade atrasada mentalmente. E uma das professoras foi a tradução dessa falsa moral, que julga a mensagem como causa e efeito direto e responsável pelo o que propaga, sem levar em conta a interação do receptor com ela. Sim, Kelly questionou a teoria funcionalista da Escola de Chicago e a década de 80 não deve ter sido uma escolha aleatória.

Para transportar sua trama estes anos, o diretor caracterizou seus personagens como se fossem daquelas séries sobre famílias americanas felizes, mas com algum problema de convivência. A trilha sonora embala a introspecção da personagem principal e as letras cheias de psicologia do Tears For Fears caem como uma luva para a viagem dele.

Pelo excelente trabalho de Richard Kelly restam dúvidas se ele tentou contar uma história com elementos aparente desconexos sob a ótica do terror ou se o mesmo quis que a juventude dos começo dos anos 2000 repensasse suas problemáticas. Talvez tenha sido nessa ambigüidade que Donnie Darko tenha amargado uma fraca bilheteria nos EUA, ainda que esta não ofusque o brilho e a gigante interpretação de Jake e do roteiro do seu diretor.

A grande ironia da película é de não haver na realidade apenas duas possibilidades enxergadas, tal como as que limitam a ação das outras personagens no tempo e no espaço. E na metáfora de que é tudo uma questão de tempo. Tentar explicar a sua ação imutável, nos reduziria ao simplismo, à mente limítrofe e intolerante com a ciência e com a razão para com a sensibilidade não só de Donnie, mas de sua professora e de todos que se tocaram em algum momento diante de um personagem complexo e tão atual.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Old School Terror?


Insidious – James Wan

Do mesmo produtor de Atividade Paranormal, Orean Peli e James Wan lançam mais um filme de terror dialogando com outros clássicos do gênero em fusão com películas mais recentes.

A história gira em torno de um dos filhos do casal Josh (Patrick Wilson) e Renai (Rose Byrne) que recém-mudados para uma residência, ficam em desespero com o coma do menino e por este não conseguir acordar do sono profundo. Não bastasse a situação, os pais ainda encontram sinais de assombração, motivando-os a deixar o lugar e ir para outra casa. No final das contas o que está amaldiçoado é o menino e não o imóvel, fazendo com que Josh e Renai tentem buscar uma saída para o pesadelo através do transporte do marido ao mundo inconsciente.

Com a narrativa dramática clássica em três atos e uma pitada de humor altamente dispensável de dois nerds que aparecem na trama, “Insidious” perde a chance de figurar como a linha tênue entre o terror que fez escola de “Exorcista” e “Poltergheist” e os trabalhos anteriores do realizador no cinema americano como “Jogos Mortais” e “Atividade Paranormal”. Bem como disse, os nerds são personagens que expoem a película ao ridículo e destoando completamente de todo o resto da história. Bastaria um trabalho melhor de caracterização destes dois personagens que “Insidious” não perderia seu fôlego. Outro ponto em que a película pecou foi no desenvolvimento do enredo em que o diretor poderia ter explorado mais o suspense dos personagens principais até levá-los a decisão de trocar de casa. Aliás, a conclusão de que é o menino e não o lugar o ponto assombrado deveria ficar subentendida no trailer, o que aumentaria o suspense e teria sido um marketing positivo por enriquecer a história, saindo do clichê das casas mal assombradas.

O primeiro ato, no entanto, mostrou a grande habilidade de Wan em deixar o expectador conhecer e muito bem seus personagens com diálogos muito bem estruturados. Os planos de cena bem construídos expuseram de forma visual um ambiente soturno e grande demais para a família favorecendo a movimentação dos personagens no espaço, consequentemente ampliando a tensão.

Entretanto, a composição das trilhas sonoras - muito bem escolhida foi um dos pontos mais altos da película, remetendo ao terror dos mais assustadores filmes clássicos.

O destaque também para a introdução com imagens em preto e branco que exploraram todo o potencial de Wan para continuar no gênero.

Pra finalizar, o roteiro leva a pensar no nosso inconsciente, sendo este justamente a nossa prisão e contrariando a psicanálise do id para onde nossos desejos secretos são levados. Alias a hipnose também está inserida no filme. Mesmo em discordância sobre essa prisão dos desejos expostas pelo realizador e o nosso alcance racional a eles pelo inconsciente, a metáfora de Wan foi interessante em um contexto do cinema de terror americano guiado pelo psicológico e não mais por histórias de bruxas, demônios e fantasmas. Em “Insidious” os demônios estão lá, só que a alcance dos nossos desejos e suas representações pela imagem do filme, pela profundidade abordada pelo diretor, chega a serem quase metafóricas. James Wan precisa somente acompanhar os desejos do expectador, quem sabe neles, encontre outros “demônios” que realmente nos dêem medo de ver quando se apagam as luzes.

sábado, 24 de setembro de 2011

Se o assunto drogas fosse brincadeira...

Quando a onda da cocaína tomou de assalto várias famílias que perderam seus entes queridos nos distantes anos 90, a sociedade brasileira se mobilizou através das campanhas publicitárias para tentar conscientizar o usuário e em um segundo momento seus familiares. Não havia ainda uma discussão que levantava os pontos principais do consumo e da comparação com outras substâncias alucinógenas e entorpecentes. De qualquer forma, tivemos que lidar com várias prisões de usuários, da guerra do narcotráfico, com a violência urbana e com o consumo nas principais casas noturnas das cidades grandes.

Vale lembrar que a sociedade pode e deve colocar a discussão na roda para que todos tenham o conhecimento da questão e que saibam que ela é mais profunda do que os estereótipos rasos que taxaram indiscriminadamente seus dependentes.

Um desses exemplos é a campanha da figura acima* que caracteriza como careta a pessoa que não se declara dependente de tais substâncias.

A contra psicologia que falha e peca quando limita o não usuário uma imagem que não chega a ser positiva. Explico o porquê: no próprio meio dos usuários há várias questões não resolvidas justificando o motivo de suas escolhas para a entrada no vício. O consumo também serve para mascarar uma atitude "careta". Nota-se que muitos deles têm esses comportamentos quando estão ou não sob o efeito da droga. Várias vezes me deparei com usuários de maconha extremamente racistas, homofóbicos, etc. Não estou limitando esse comportamento aos adeptos da cannabis. Mas quem criou essa, com o perdão da palavra, "merda" de campanha não foi capaz de pensar no usuário e no que realmente motiva uma pessoa a buscar esse vício.

Há também fator "tribal", um pretexto para diferenciação entre as outras tribos e as pessoas ditas "normais" (não usuários) e que também é determinante para o uso de tal substância e não outra. Mas isso a campanha não iria conseguir discutir mesmo.

Fica evidente que qualquer pessoa com intenção de se manifestar em prol de uma causa deve conhecer - e muito bem - todos os lados envolvidos. Ao meu ver, essa manifestação trouxe uma carga muito negativa às discussões acerca do tráfico e do consumo quando separa usuário e não usuário colocando em posições antagônicas.

Outra falha, talvez a mais grave: toda sociedade tem sua parcela de responsabilidade. Sendo assim, é "o todo" e não o individual que a propaganda induz o usuário a pensar "seja igual a mim, espelhe-se no meu modo de vida". Se a pessoa que disser isso justamente representar para seu interlocutor uma personificação da caretice, é óbvio que essa campanha será falha, ainda que o usuário, também seja igualmente careta.

Ainda estou pagando para ver uma campanha realmente eficiente que englobe todos os aspectos do usuário, do traficante, do governo e de todas as esferas sociais envolvidas. Num espaço de trinta segundos ou num banner? Quase impossível, uma vez que a inciativa mais bem sucedida tenha virado dois filmes de duas horas e meia. Lamentável.

Dá-me tanta preguiça quando vejo esse tipo de "conscientização" que lembro com saudades quando eu era viciado em Sessão da Tarde e pipoca...

* todas as pesquisas que eu fiz indicam que tal marca e slogan foram criados pela Igreja Renascer em Cristo. Quem tiver a real fonte, sinta-se livre em postar na sessão de comentários.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Questões de copyright

Uma vez que youtube está de brincadeira comigo, fazendo restrições porque o conteúdo que eu posto, segundo o site, viola os termos de direitos autorais, tento utilizar de outro canal para poder veicular meu conteúdo. Mas acho que isso é passageiro...

Existe realmente por parte da indústria cultural uma dificuldade de se adaptar ao momento em que vivemos, talvez esse momento que possa ser chamado do ápice da democracia da informação que circula livremente nos blogs, redes sociais e em todos programas de compartilhamento peer to peer. Ainda vemos os grandes mercenários das massas querendo impedir qualquer manifestação e forma de transformação do conteúdo midiático já existente. Como se os artistas para quem lhes prestam serviço não utilizassem também da mesma prática de sua audiência para manipular, reinventar e transformar esse material em algo diferente das suas estratégias mercadológicas. Vai o meu conselho: aprendam a ganhar dinheiro e a tirar proveito disso pois é o nome dos seus artistas que geram receita que vão se perpetuar através das novas formas de expressão, de transformação, de colagens, remixes, etc; e isso tem que estar à mão de qualquer pessoa, não somente dos que têm permissão e são contratados pela gravadora para fazer isso!

A internet em si é um bom exemplo de que um texto pode ser modificado, editado e repassado para toda uma rede que está aberta a decodificar essa mensagem, transformá-la e repassar novamente, gerando um ciclo de informação que ha todo momento tenta se renovar. É só olhar para o conceito de comunicação na rede para entender que não existe nenhum mistério que rompe definitivamente com aquele paradigma emissor > mensagem > receptor. Sim, o receptor também quer ser um emissor devolvendo a mensagem - pelo canal da rede e transformá-la em uma outra mensagem utilizando parte da primeira.

Falando em transformação, ainda que essas proibições de direitos autorais existam, peguei gosto por fazer mashups (felizmente!). A linguagem da criação de um som pela fórmula X + y = z me pareceu estranha num primeiro momento, mas acho que é dela que se abre um novo caminho para música, que já sofre de sinais de "desgaste criativo". Não temos mais nada novo rolando no rock e na música eletrônica há um bom tempo (no caso do rock há bem mais tempo que a música eletrônica).

De qualquer forma, para a felicidade dos managers da indústria cultural, a onda dos mashups um dia vai acabar como qualquer outro modismo que pairou sobre o universo da criação musical. E temos que encarar isso como uma realidade, até que as nossas invenções nos levem à uma outra forma de expressão - que utilize ou não das mídias que aí estão. Enquanto isso não acontece, djs e produtores exploram esse novo nicho e vão lançando músicas "excentricamente interessantes". Dessas junções vou destacar duas que eu recomendo como um bom exemplo de criatividade:

The Strokes Vs Cristina Aguilera - A Stroke of Geni-us


FRONT 242 - Masterhit ( Masterblaster ) vs SCENE 1987 Djttoni
Nos próximos posts devo apresentar para você os covers mais interessantes já feitos. Até mais!

E pra finalizar mais um mashup que eu produzi misturando Michael Jackson com Noel.

domingo, 21 de agosto de 2011

Dex Bar - Setlist

Esse é o ultimo dos meus sets feitos. Dessa vez segue uma sequencia mais voltada para o rock que abre aos poucos o espaço para o eletrônico. Normalmente eu costumo fazer o contrário porque - infelizmente - o eletrônico tem tido mais aceitabilidade. De qualquer forma o povo dançou ao som Chromeo, por exemplo.

O que eu destaco nesse set: The Clash, Radio 4, e PNAU com a participação da Ladyhawke.

DOWNLOAD - DEX BAR

E pra finalizar outro mashup que eu fiz. Dessa vez compartilho o video também.

Lady Ga Ga Vs Depeche Mode - Poker The Silence

PS: Esse mesmo video acima foi removido do Youtube por violação dos direitos autorais. Obrigado Youtube por lembrar que existe o 4Shared! Muah!

A nossa Metrópolis não é filme.

Metropolis é a história de uma cidade do futuro dividida em dois planos: o plano superior onde os habitantes gozam de uma vida prazerosa e os subterrâneos que são escravizados pelas máquinas e não se dão conta nenhuma disso. É nesse subterrâneo que vive Maria, uma trabalhadora que seria encontrada por Freder, filho do prefeito Fredersen que viviam no lado de cima.

Fritz Lang, quando no período Entre Guerras resolveu filmar Metropolis talvez não imaginasse que estaria colocando em sua obra vários conceitos da comunicação social e visual que hoje ainda são relevantes para uma explicação do mundo, ainda que a Globalização não fosse o foco das discussões sobre a sociedade ocidental e os meios de comunicação da época.

As máquinas mostradas no filme já nos apresentam um espaço (e tempo) em que já não nos dávamos conta do entorpecimento causado por nossas extensões (Marshall Mc Luhan). Não só entorpecidos como também dominados por elas. A cena em que os trabalhadores são retratados pelo diretor com a expressão facial ausente de qualquer sentimento é a grande metáfora dessa nossa embriaguez e o conceito de alienação do trabalho (Marx e Engels) pode perfeitamente ilustrar essa interpretação.

Fritz Lang também fez suas adaptações (ou transmutações) quando colocou a personagem Maria vivida por Brigite Helm no posto de salvadora dos trabalhadores escravizados pelas máquinas. Inconscientemente ela também foi espetacularizada na história e colocada no ponto mais alto. Há diversos dialogismos com a Geneses bíblica de Adão e Eva e o diretor não se prevaleceu deles para poder justificar sua obra como de vital importância para o cinema.

Outra metáfora de Lang foi colocar no robô do cientista Rotwang feições humanas de Maria numa alusão a uma extensão quase perfeita de seu corpo. Quase, porque o robô começou a propagar a violência como protesto contra a escravidão dos trabalhadores da “baixa Metropolis”. Torna-se então esse robô (uma falsa Maria, alusão ao anticristo) uma máquina cerebral e muscular e quase sensorial – quase por que o bem simbólico para aqueles trabalhadores resumiu-se ao discurso revolucionário. Essa simbiose entre homem e máquina nos traz a pergunta se seremos dominados ou não por essas máquinas da mesma forma que em Metropolis. No entanto pela análise crítica da comunicação social somos surpreendentemente levados a esta resposta quando vivemos em pleno começo do século XXI completamente dominados por essas extensões que criamos e continuamos ainda sem despertar dessa embriaguez.

A película revela ao longo de quase três horas que o mundo passaria por uma transformação e a visão de Lang estaria correta em sua essência. Estamos a pouco tempo do ano em que Metropolis passaria por sua revolução. O futurismo de algumas cenas permaneceu na utopia. Ainda assim, vivemos no mundo real sendo a grande adaptação de Metropolis.

“Entre a mão e a razão, deve se colocar o coração”, é a frase que finaliza o filme nos colocando a reflexão sobre nossas necessidades e do mundo artificial – e talvez subterrâneo – para onde estamos adentrando. Deverá então ser por meio das nossas máquinas, criações, espaços e cultura que deveremos despertar para a necessidade de haver alguma Maria para nos salvar?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mashup


Bem, não pude resistir a moda dos mashups. Para quem não sabe, mashup é a junção de duas músicas ambas não produzidas por um dj. Normalmente são utilizados sons conhecidos que são facilmente identificáveis pelo gosto comum. Eu como sempre para contrariar, procuro músicas não tão conhecidas - pelo menos uma delas.









O mashup, com as trilhas na fase de finalização

Nesse exemplo eu trago "Jump" da Madonna que é um sucesso absoluto do disco Confessions on a Dancefloor. A outra nem chegou a ser hit por aqui de fato, mas é um dos primeiros trabalhos que lançou a maravilhosa cantora Lisa Stansfield no programa Top of the Pops (que até há uns anos atrás passava no extinto canal a cabo Pèople and Arts).

Esse "gênero" musical também ficou conhecido como Bastard Pop e os djs usaram também das misturas mais inusitadas. Uma delas mesclou Fischerspooner com Nirvana e uma outra Strokes com Cristina Aguilera. Provavelmente a que deu mais certo nas pistas foi a da Kylie Minogue com New Order usando o vocal de Can´t Get You Out of My Head com Blue Monday que resultou em Can´t Get Blue Out of My Head.

Para não fugir a regra de reapelidar o som colocando os nomes das duas músicas em questão que eu vos apresento:



Espero que goste! Em breve postarei esse tipo de produção em video.

Aguarde, que eu já reservei um mashup de Depeche Mode com Lady Ga Ga e outro de Everything But The Girl com Kraftwerk.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2011

Este set foi um retorno - de leve, diga-se - a EBM. Mas ainda assim o estilo "industrial dançante" ou "música das máquinas a serviço do corpo" foi de leve.

Consolidada a minha fórmula de não tocar só um estilo comecei abrindo com o clássico do Yello que é tema do filme "Save Ferris" ou "Curtindo a Vida Adoidado", em Português.

O que segue é uma mistura de electroclash e new wave e finalmente os sons da Electronic Body Music.

Destaques também para Chromeo, The Presets e Frontline Assembly.

DOWNLOAD - GRIND 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2010

Nesse set eu mantive a mistura de old school com a volta do retrô que havia tomado a cena do rock e da música eletrônica no cenário musical da década 00.

Resolvi intercalar as faixas para que o público pudesse se perguntar - daquilo que talvez não conhecesse bem - se a música rolando era dessa década ou era dos anos 80. O resultado foi uma pista animada ao som de Yeah Yeah Yeahs, Nina Hagen e Hot Chip.

Lancei também o meu primeiro mashup em pista que foi uma mistura de Everything But The Girl com Kraftwerk e a mistura soou, no mínimo, curiosa.

DOWNLOAD - GRIND 2010

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2009

Como no ano anterior a tendência de tocar um set mais rock deu certo resolvi apostar, mas trouxe de volta um pouco da música eletrônica (electro) para poder unir as coisas. Acho que casou muito bem e o resultado foi que a pista curtiu e dançou bastante.

Destaques para Joy Division, Roisin Murphy e o hit do Basemant Jaxx com a participação da Siouxsie Sioux.

DOWNLOAD - GRIND 2009

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2008

Neste ano eu segui completamente diferente dos anos anteriores, trazendo o rock em foco e os beats ficaram um pouco de lado. A experimentação ficou por conta da "Coldwave", que nasceu do punk, porém com uma roupagem eletrônica, mas não se confunda: não tem nada a ver com bate-estaca.

Destaques para Billy Corgan, Flock of Seagulls and The Rapture.

DOWNLOAD - GRIND 2008

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2007

Já indo para uma linha menos EBM, em 2007 eu ousei um pouco mais e trouxe a Coldwave para a pista de dança da A Loca. Funcionou muito bem e eu adorei ver o povo hype dançando ao som de Neon Judgment.

DOWNLOAD - GRIND 2007

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2006

Agora o set foi do ano de 2006.

Nesse eu já começo a entrar aos poucos colocando um pouco mais de guitarras. São novos caminhos que se abrem nos meus próximos playlists.

Em 2006, ainda teve uma predominância do Electro e EBM. Os destaques foram, Vitalic, Die Form e Controlled Bleeding.

DOWNLOAD - GRIND 2006

terça-feira, 19 de julho de 2011

Projeto Grind - Setlists: 2005

Segue o que eu venho tocando no Projeto Grind no clube A Loca de 2005 para cá.

Agradeço imensamente ao DJ residente André Pomba pela oportunidade de poder compartilhar o conhecimento musical do dj convidado com a galera.

Nesse primeiro ano o set teve uma mistura de New Beat e EBM com uma pitada de Electro.

Destaques para Psycho Bitch, Lords of Acid e Force Dimension.

DOWNLOAD - GRIND 2005

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Apartamento


Aquele setembro nublado reservava mistérios na cabeça do Jorge. A passagem do inverno para a primavera trazia aquele frio que nas manhãs de domingo ao tentar tirar forças para acordar já era o maior dos sacrifícios.

Porém as necessidades de qualquer ser humano não podem esperar e ele levantou-se, pegou seu roupão para aproveitar e tomar banho e foi a passos preguiçosos até o banheiro. Azulejos portugueses, o chão de piso frio e a banheira da década de 40 enfeitavam aquele apartamentinho de centrão aconchegante enquanto a ópera de Maria Callas era a trilha sonora em contraste ao samba, sertanejo e emo rock dos rádios dos vizinhos.

A água quente caía pelo chuveiro e a janela pequena com vista para a rua não iluminava bem aquele banheiro, mesmo porque aquele céu cinzento muitas vezes poderia confundir o dia com a noite. Repentinamente, algo observava de longe aquele banho de Jorge, e ele só percebeu quando o disco silenciou-se para trocar de faixa.

Uma piscada de olhos e ele notou alguém vestido de preto observando atentamente aquela janela do sexto andar. Seria um corvo se o rapaz não se prestasse a fazer o mesmo e a olhar também. Dois olhares mirados um no outro.

Morar em prédios velhos no centro de São Paulo é implorar para a própria imagem alimentar o lado voyeur alheio – nos momentos íntimos só ou com alguém. Aquele jogo ficava mais excitante porque Jorge não conseguia identificar como era a persona que o mirava. Ele mesmo já abriu a porta do seu apartamento para outros estranhos na mesma situação. A diferença era que ele podia observar o quão atraente a outra pessoa poderia ser, o que dessa vez ficava difícil pelas poucas horas de sono, a manhã nublada e o resquício de embriaguez daquele uísque da noite anterior.

Cansado daquele jogo, Jorge resolveu dar ouvidos a voz da tentação e da curiosidade e veste-se sem se agasalhar e desce de escadas – assim mesmo – até a entrada do prédio. Ao passar pela portaria, nota que há uma correspondência em seu nome. Domingo de manhã não é dia do carteiro passar. Com um olho na carta e o outro em quem estava a lhe observar, Jorge abre o envelope e encontra um dvd daqueles que compramos para gravar alguma coisa em casa. Com o envelope nas mãos e agora com a dúvida de que ou quem seria seu “admirador secreto”, ele se assusta quando sua aproximação com o ponto preto já deixava claro que aquele este era um manequim de loja de shopping vestindo negro. Incrédulo o rapaz olha para a roupa e ao redor e não havia ninguém. O silêncio sepulcral contradizia os escândalos daquela rua que nas noites de finais de semana virava um bordel a céu aberto. Não agüentando mais esperar para ver o que havia naquele disco e de olhar para aquele traje de festa “high society”, ele despe o manequim e sobe de elevador. E o manequim ficou lá, com aquela cabeça mirando para cima, como se fosse a figura mais blasé do mundo da moda. E o elevador se posiciona entre o quinto e o sexto andar, quando o mesmo para.

Ao olhar para o teto do quinto andar, não viu coisa alguma. O coração palpitava mais rápido. No chão do sexto, um sapato preto que saiu em disparada na direção do seu apartamento. Jorge gritava pedindo socorro. Quando deitou-se para chorar em desespero, o elevador sobe e ele finalmente se abre para ele sair e voltar para o apartamento. Nunca ele levou tão pouco tempo entre a porta do elevador e a entrada do seu “apê”.

A passagem pela cozinha estava intocável, bem como a sala que a seguia. A janela aberta...
Jorge para e olha para baixo e uma rajada de vento frio e o cd da Maria Callas que terminava naquele momento parafraseava o fim da linha para aquela alma que se propusera a se lançar num vôo sem asas em direção ao leito de morte. E todas as lembranças dos anos no apartamento entravam na cabeça de Jorge, que completamente atônito não teve escolha e ficou sem reação.

Por longos vinte minutos ficou lá, somente ele, o vento e o cadáver estirado no chão. Sem nenhum sinal da polícia, ambulância ou qualquer outro passante pela rua do centro de São Paulo. Jorge não queria mais acreditar naquilo e já impotente para tentar trazer a vida daquele suicida de volta, fecha a porta com chave e as duas trancas (uma em cima e outra embaixo), respira fundo e liga a tv e o dvd.

O disco abre com uma tela preta e sem opção nenhuma de menu. Poucos segundos depois, flashes de suas aventuras sexuais, escândalos e as luxúrias mais condenáveis estavam diante dos olhos de Jorge.

“Bata-me com força, seu cavalo”, dizia alguém naquela fanfarra sexual e Jorge dizia que poderia bater ainda mais e humilhar aqueles que participavam da orgia.

E Jorge disse no seu maior surto de loucura para aquelas vozes calarem a boca.

Porém seus olhos lacrimejando eram o espelho daquelas imagens e quando a mente não suportou tamanha perturbação mental, uma imagem de orgasmo e a seguir a tela fica em branco congelada com um texto em negrito:

“Seus sonhos eróticos me fizeram voar alto, vou dormir feliz hoje”.

Logo, a tela mesclando branco, preto e cinza entrou em chuviscos...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dicas Bafo: o dinheiro é nosso!

O grande assunto no mundo do entretenimento dos últimos dias foi o caso da cantora Maria Bethânia. Autora de um projeto sobre poesia, a cantora quer também pode incluir sua empreitada nos termos da lei Rouanet.

A grande questão que divide as opiniões é se a cantora pode utilizar da lei para conseguir montar um blog com vídeos e assuntos de poesia. Pesando a questão e avaliando-a como estudante de comunicação, não posso ficar indiferente em levantar as seguintes questões:

- Uma artista já consagrada precisaria mesmo de incentivos fiscais e o patrocínio de outras empresas para financiar um projeto que é certo o seu sucesso, tanto no meio “internético” quanto no midiático – num âmbito geral?
- Levar esse conteúdo as ferramentas já existentes já não a seria suficiente para garantir o retorno de audiência e este mais do que necessário para incentivar outros autores anônimos a usar as mesmas ferramentas para colocar nesses meios “alternativos” suas poesias, textos, pensamentos...?

Assim como a Lei Rouanet, a internet, os blogs (Blogger, que é grátis, por exemplo) não estão aí ao alcance de todos?

Do princípio do direito, Bethânia, como qualquer cidadão poderia usufruir dos benefícios da lei. Se é correto, aos olhos dela não havendo irregularidades, não haveria problema algum.

É necessário? É aí que está o problema e muitas empresas dispostas a pegar rabeira na fama da cantora poderão se beneficiar de um projeto que é certo seu sucesso.

Nesse ponto é que mora o perigo de uma lei que serve para benefício de todos se transformar em privilégio.
Seria extremamente respeitoso, por parte de Bethânia e das empresas, que resguardem-se do uso dessa lei Rouanet e fazerem uso de outras ferramentas gratuitas no meio da internet para veiculação desse conteúdo.

O Brasil é um país democrático. Pois bem. Entretanto, esses princípios devem respeitados dentro de uma ética para não esculhambar de forma privilegiada um direito que deve ser de todos.

Fica a DICA BAFO com rima para a Bethânia: Vai postar poesia em outra freguesia!

sábado, 19 de março de 2011

Adaptação

adaptação s. f.
derivação fem. sing. de adaptar


adaptação
s. f.
Acto! de adaptar.

adaptar
v. tr.
1. Tornar apto.
2. Fazer com que uma coisa se combine convenientemente com outra; acomodar, apropriar. ≠ INADAPTAR
__________

Primeiro você precisa de uma história. Que sejam quatro anos, seja oito meses ou apenas quatro. Os personagens não serão os mesmos, embora o protagonista esteja em constante adaptação. Do meio, do espaço e do tempo.

O suporte físico do outro também não é mais o mesmo. O que fez com que o protagonista desta adaptação mudasse sua linguagem.

A comunicação agora se é por signos opostos e para que o imaginário seduzisse o novo antagonista ao universo do mais amadurecido, não precisou muito.

A história se passa em outro lugar, sem mais aquele calor de verão e o mar para soprar seus ouvidos. O não verbal agora sopra baixinho naquela cama do primeiro e do segundo ato. E ainda no terceiro, no quarto (espaço).

O passado não adapta mais o seu discurso cheio de moral e ética esquerdista ao protagonista que quer somente compartilhar uma história que pode parecer boba, que seja. Este segundo – que domina muito bem os códigos do primeiro – só quer pelo não verbal já decifrar o enredo e nele se deitar como um mestre dos palcos que desnudo se entrega totalmente a sua platéia. Todo bom ator, durante sua adaptação do texto para o corpo sabe que mesmo com as cadeiras ocupadas ou apenas um ou dois a aplaudir, será apenas o sentido de unidade que fará o sucesso do espetáculo. É apenas um que importa.

Nesse um, cabe apenas um gesto simples, ele é capaz de entender e adaptar o olhar em seu suporte físico. Entre eles, a mesma linguagem.

Na colcha de retalhos que os envolve naquele enredo, a metalinguagem faz a tradução do suporte físico em si mesmo.

A conversa ultrapassa o inter-semiótico e o intermidiático de universos distantes os aproxima.

Se eu puder adaptar em livro, foto, imagem ou som, nenhum suporte seria bom o suficiente para traduzir os meus pensamentos, que guiados pela imagem e pelo tato, refletem-se no mais incompreendido dos suportes. Aquele que pulsa! Ah, que ciência, que nada! E a voz? Ela fala mansa e tranqüila, no ritmo e velocidade que o meu corpo entende.

É uma história de adaptação do protagonista ao novo. O novo meio que também é mensagem.

E quem se adapta ao meio, sobrevive aos fins.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Meu setlist de domingo passado 23/01, no projeto Grind no Clube A Loca




1. Yello - Oh Yeah
2. Vitalic - Poison Lips
3. The Golden Filter - Thunderbird (Radio Edit)
4. Chromeo - Night By Night
5. Telex - I Don't Like Music
6. Seen Links Schlösser Rechts - Gute Freunde
7. Borsig Werke - Tote Kammer
8.
Palais Schaumburg - Telefon
9.
Siekiera - Bez Konca
10.
Minny Pops - Dolphin'S Spurt
11.
D.A.F. - El Que
12.
Frontline Assembly - Provision
13.
Chimo Bayo - Asi Me Gusta A Mi (Esta Si Esta No)
14.
Tracey Thorn - Grand Cannyon
15. Signal Aout 42 - Langemark
Faixas bonus:
16. Scarecrow - R.O.E.
17. Xorcist - Xorcist

É isso, pessoal. Ano que vem tem mais!

Para quem quiser ouvir: Play!

sábado, 8 de janeiro de 2011

A Fenda de 2011








Sempre achei que a música é uma espécie de ligação espiritual com o real e elas podem, perfeitamente, entrar em nossos sonhos e estabelecer conexões entre a razão, as emoções e o inconsciente. Este ano que começa com dias chuvosos, quentes e ao mesmo tempo na alternância entre sol e escuridão, as coisas estavam desconexas e sem o sentido muito claro. As pessoas aparecem e desaparecem deixando seu significado meio duvidoso.

Meu sol na casa 12 precisa realmente, e mais do que nunca do meu inconsciente para definir as coisas e me colocar num patamar onde eu possa enxergar o meu redor e ver o que mudou, o que vai mudar e o que perdeu o significado. Imaginário como eu vi em teoria da Imagem é um conjunto de signos e imagens que alimentam um repertório dentro de um ponto específico. O que representa amizade, por exemplo? São as demonstrações e os afetos trocados dentro do meu grupo de amigos, que em conjunto, alimentam a minha idéia do que é ser amigo para mim. Tente traduzir amizade num gesto? Só quem é o meu amigo tem um código específico que determina essa relação comigo.
Hoje com o sonho breve e já recalcado que tive, ficou clara a idéia que vai definir o que muda, o que permanece e o que vai mudar na minha relação com algumas pessoas. Talvez para uns eu possa ser até um tanto cruel, para outras me tornarei mais próximo e generoso. Para o resto, se contentar com os momentos que tive, maravilhosos inclusive, dos quais dos maus não guardo mágoas.
Certa vez meu professor Márcio Rodrigo disse “desconfie de quem diz que tem muita certeza das coisas”. Essa frase entrou e ficou martelando na minha cabeça esses dias. É justamente dessas pessoas que eu vou querer distância esse ano. Ainda que dos indecisos eu queira anos luz de mim – mas eles não são a antítese dos “sábios”.
O que ficará certo, no entanto, é de que com um sol na casa 12 não há espaço para indefinições. Acredito que preconceito seria um imaginário (um mundo de signos e imagens) distorcido. Chegou o momento de olhar para um ponto no tempo e ocultar quase que totalmente o outro. Nesse contexto a letra da Tracey Thorn – com a tradução abaixo – caiu como uma luva. O descarrego do fim de ano me deixou com uma ressaca que eu não quero mais levar para 2011. Vou deixar bem claro o papel de cada um na minha vida e quem quiser me seguir vai saber claramente o que pode e o que deve ser feito. A quem não puder, só peço respeito.
Por bem ou por mal – cada um com seu motivo – ficará o Grande Cannyon e sem pontes entre eu e alguns. Haverá, no entanto, quem eu construirei pontes, moverei rios, montanhas para que possam atravessar ao meu encontro...
Que venha mais um ano de muito trabalho, esforço e dedicação. Quando chegar 2012, poderá ser a única coisa de que me orgulharei quando esse ano ímpar terminar. Ainda assim, entrarei pela porta sabendo que por escolha, quem estiver dentro realmente me amará.

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"Grand Canyon"


Boy I think you've come home
Open up the door and step inside
So many people who feel the way you do
Their sweetest dreams have always been denied
Lock the past into a box and throw away the key
And leave behind those days of endless night
Everyone is waiting
Everyone is here
Step out of the woods into the light

Everybody loves you here (x4)

Boy you've been on the wrong road
Wearing someone else's shoes
Who told you you were not what you were meant to be?
And got you paying someone else's dues?

This is the place for you just look around this room
Is anybody here made out of stone?

Down among the heretics, the losers, and the saints
You are here amongst your own
You've come home (x5)

Look at this hole inside your heart
No one can ever fill
It's like the Grand Canyon
Look at this gap that's opened up
Between you and the world
It's like the Grand Canyon
Look at this hole inside your heart
It's like the Grand Canyon
The Grand Canyon

Everybody loves you here (x4)

You've come home (x5)


Rapaz eu acho que você foi para casa
Abra a porta e entre
Muitos sentem o mesmo que você
Seus mais doces sonhos sempre foram negados
Tranque o passado numa caixa e jogue fora a chave
E deixe para trás aqueles dias de noites intermináveis

Todos esperam
Todos estão aqui
Saia da toca e venha para a luz

Todos te amam aqui

Rapaz, você andou no caminho errado
Se colocando no lugar de outros
Quem foi que disse que você não é o que diz ser?
E paga pelos erros de outros?

Este é o lugar para que apenas olhe ao redor desta sala
Há alguem aqui feito de pedra?

Bem aqui junto com os hereges, os perdedores e os santos
Você está aqui consigo mesmo
Você chegou em casa

Observe este buraco em seu coração
Ninguém pode preencher
É como o Grande Cannyon
Observe esta fenda que você abriu
Entre você e o mundo
É como o Grande Cannyon
Observe este buraco em seu coração
É como o Grande Cannyon
O Grade Cannyon

Todos te amam aqui
Você chegou em casa

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Frases para um começo de ano desconexo

Talvez o rock consiga expressar o que eu sinto... O que os outros sentem a meu respeito. Quem sabe o que eu penso sobre os outros...

O momento é de pensamento e reflexão. Acho que falta pouco...

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"All that I fear
Don't turn away
And leave me to plead in this hole of a place...
What if I never break"

Interpol - "Lights"
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"The day I tried to win
I wallowed in the blood and mud with
All the other pigs
And I learned that I was a liar
Just like you"

Soundgarden - "The Day I Tried to Live"
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‎"You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am human and i need to be loved
Just like everybody else does"

Smiths - How Soon Is Now

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[Hey God,] there's nothing left for me to hide
I lost my ignorance, security and pride
I'm all alone in the world you must despise
[Hey God,] I believed your promises, your promises and lies!

Nine Inch Nails - Terrible Lie

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"Oh my, oh my, have you seen the weather
The sweet September rain
Rain on me like no other
Until I drown, until I drown"

Prefab Sprout - When Love Breaks Down

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"Kindness in your eyes
I guess you heard me cry
You smiled at me
Like Jesus to a child"

George Michael - Jesus to a Child

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Love don't need to find a way
You'll find your own way
I forget that you can't stay
But I know that
All roads lead to where you are
All roads lead to where you are.

U2 - Love Comes Tumbling

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"Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou
Vivo num 'clip' sem nexo
Um pierrot retrocesso
meio bossa nova e 'rock'n roll'"

Cazuza - Faz Parte do Meu Show

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"Às vezes eu quero demais
E eu nunca sei se eu mereço
Os quartos escuros pulsam
E pedem por nós
E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista p'ro mar
Ou outra coisa p'rá lembrar"

Marina Lima - Eu Não Sei Dançar

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By myself:

O excesso de serenidade pode ser a inalcançável leveza do ser. Talvez tão falsa quanto a verdade dos que se consideram justos.

A minha integridade física agradece à sua falta de critérios.

As pessoas ditas "normais" não se dão conta de que a escória da sociedade é a sua maior "obra prima".

Enquanto há os que voaram o mundo inteiro, mas não saíram do lugar; há os que, da janela de suas casas, sabem muito bem onde pisam...

Não tenho medo do que pode me afastar de algum Deus mas sim do que pode me aproximar de alguns homens...

A certeza de ter amigos de verdade alimenta cada dia mais minha fome de viver!

Não tenho mais paciência para decifrar enigmas de quem continua na merda!

Paro e penso no que as pessoas querem na verdade: os opostos ou o excesso de afinidades...

É bom qdo as pessoas se dão o trabalho de escrever algo só p não ficar por baixo, Isso as coloca mais embaixo do q realmente mereciam estar

Se o bom que eu tenho a oferecer não lhe agrada é porque talvez eu não seja ruim o suficiente...

As vezes é preciso ter maturidade para fazer certas coisas que outros consideram imaturas.