terça-feira, 23 de agosto de 2011

Questões de copyright

Uma vez que youtube está de brincadeira comigo, fazendo restrições porque o conteúdo que eu posto, segundo o site, viola os termos de direitos autorais, tento utilizar de outro canal para poder veicular meu conteúdo. Mas acho que isso é passageiro...

Existe realmente por parte da indústria cultural uma dificuldade de se adaptar ao momento em que vivemos, talvez esse momento que possa ser chamado do ápice da democracia da informação que circula livremente nos blogs, redes sociais e em todos programas de compartilhamento peer to peer. Ainda vemos os grandes mercenários das massas querendo impedir qualquer manifestação e forma de transformação do conteúdo midiático já existente. Como se os artistas para quem lhes prestam serviço não utilizassem também da mesma prática de sua audiência para manipular, reinventar e transformar esse material em algo diferente das suas estratégias mercadológicas. Vai o meu conselho: aprendam a ganhar dinheiro e a tirar proveito disso pois é o nome dos seus artistas que geram receita que vão se perpetuar através das novas formas de expressão, de transformação, de colagens, remixes, etc; e isso tem que estar à mão de qualquer pessoa, não somente dos que têm permissão e são contratados pela gravadora para fazer isso!

A internet em si é um bom exemplo de que um texto pode ser modificado, editado e repassado para toda uma rede que está aberta a decodificar essa mensagem, transformá-la e repassar novamente, gerando um ciclo de informação que ha todo momento tenta se renovar. É só olhar para o conceito de comunicação na rede para entender que não existe nenhum mistério que rompe definitivamente com aquele paradigma emissor > mensagem > receptor. Sim, o receptor também quer ser um emissor devolvendo a mensagem - pelo canal da rede e transformá-la em uma outra mensagem utilizando parte da primeira.

Falando em transformação, ainda que essas proibições de direitos autorais existam, peguei gosto por fazer mashups (felizmente!). A linguagem da criação de um som pela fórmula X + y = z me pareceu estranha num primeiro momento, mas acho que é dela que se abre um novo caminho para música, que já sofre de sinais de "desgaste criativo". Não temos mais nada novo rolando no rock e na música eletrônica há um bom tempo (no caso do rock há bem mais tempo que a música eletrônica).

De qualquer forma, para a felicidade dos managers da indústria cultural, a onda dos mashups um dia vai acabar como qualquer outro modismo que pairou sobre o universo da criação musical. E temos que encarar isso como uma realidade, até que as nossas invenções nos levem à uma outra forma de expressão - que utilize ou não das mídias que aí estão. Enquanto isso não acontece, djs e produtores exploram esse novo nicho e vão lançando músicas "excentricamente interessantes". Dessas junções vou destacar duas que eu recomendo como um bom exemplo de criatividade:

The Strokes Vs Cristina Aguilera - A Stroke of Geni-us


FRONT 242 - Masterhit ( Masterblaster ) vs SCENE 1987 Djttoni
Nos próximos posts devo apresentar para você os covers mais interessantes já feitos. Até mais!

E pra finalizar mais um mashup que eu produzi misturando Michael Jackson com Noel.

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