quarta-feira, 14 de abril de 2010

VALORES INVERTIDOS

Esse post é uma análise minha com base texto do blog do Alysson Moutry que escreve para o G1, o portal de conteúdo da Globo.

http://colunas.g1.com.br/espiral/

Agora que você leu é vez de expor os meus pontos:

Sim, vivemos ainda numa sociedade extremamente violenta e sexista. Ainda temos uma direita conservadora e reacionária que hoje é articulada e dita “inteligente” pois a mesma se maqueia com um discurso liberal. Essa classe está nos grandes veículos de comunicação e nos altos escalões do governo e do congresso. Ela tolera o uso da camisinha, questiona os valores católicos e judaicos e até aceita que o sexo é também para o prazer do casal. Mas é extreamente intolerante com os homossexuais, com os transgêneros e dogmática no que diz respeito à questão das drogas (como se álcool e cigarro não fossem, enfim isso é pra depois).

Nossa cultura jovem tem vários exemplos de “rebolations”, cantoras adolescentes que assumem que já beijaram garotas e dancinhas de pouca roupa ou quase nenhuma. E seguem os recalques: machismo, homofobia e até racismo quando toda essa juventude deixa os clubes noturnos e vai embora para casa nos ônibus e trens quando se depara com aquilo que julgam diferente.

Como demonstração desse pensamento na maioria das vezes o que se segue é um comportamento violento como reação ou como forma de julgar moralmente e expresso em olhares de reprovação, xingamentos e até violência física.

Essas pesquisas certamente não levaram muito em consideração fatores locais e as diversas culturas desse planeta.

Creio ser importante comparar com as sociedades nórdicas.

Lá a pornografia é ofertada com facilidade podendo ser encontrada nos lares sem o pudor que temos aqui.

No entanto, a relação entre violência e pornografia, descrita nas pesquisas é válida. Creio realmente uma sociedade permissiva (não leia-se incentivadora) propicia à pessoa chegar ao auto-conhecimento do seu prazer. Toda a questão da violência tem um fundo de recalque, pois ela é derivada de algum inconformismo à alguma quetão interior e íntima sempre ligada à alguma privação.

Essas sociedades mais permissivas no entanto encaram um outro fantasma: o da violência contra si mesmo. Nos países nórdicos a taxa de suicídio é altissima e muito maior que a de homicídios. Contrapondo o nosso país, os Estados Unidos (bons exemplos) que são menos liberais – aqui e lá as taxas de homicidios vão na via inversa.

O ponto chave é o equilíbrio que só será alcançado quando o ser humano poder se tocar (literal e verdadeiramente) sem amarras ou julgamento de pessoas infelizes consigo mesmas e passar a entender que questões como sexo e morte não devam ser temidas e sim discutidas.

Feita a minha análise, pare e pense: por que nós do lado de cá censuramos a pornografia ou a restringimos e liberamos então o conteúdo de violência podendo ser visto na classificação etária até por jovens de 12 anos? A classificação vista nas tvs por assinatura digitais comprova a observação acima.

Não é hora de virar a mesa?

A resposta é não, seria também uma forma de censura. E esta é a maior violência que qualquer ser humano pode sofrer.

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